A286 Juntando Os Restos
[Intro - Sample]
Come on, girl and fly me to the moon
And let me play amongst the stars
[Verso 1 - Reinaldo]
Que vocês querem mais de mim? Que vocês querem mais?
Ainda bem que nunca acreditei em paz
Pra não morrer antes do tempo, é difícil mas é preciso sempre esperar o pior de todos, de tudo
O que vim é lucro, que absurdo, não é justo, pensando bem, o que aqui é justo?
Só quero conseguir entender o bagulho com lógica, sem precisar ter que engolir qualquer grosa
Enterrei minha mãe com um só pedido à Deus, viver até pode criar seus filhos, não deu
Enfim, a rua criou, to aqui, e se o limite era os 25, mano sobrevivi
Entre cachaça, fumaça, biqueira, puteiro, cocaína, pedra de crack = ileso
Sem ao menos um trago num cigarro, careta na banca dos louco sim, mas sem mérito pra aplauso
Dispensa comentários e elogios, se ainda impotente presencio vários trancados em vícios
Não é comemoração de títulos, é perdas, de sexta à sexta na mesa do bar com as breja
Melhor presente do meu pai foi o abandono, pra solidão de um quarto me fazer homem aos 14 anos
Cheio de planos e sonhos? negativo, cheio de mágoas, rancores, conflitos, perdido
Identificando falsos sorrisos, caramba... Inveja em quem depositei mais confiança
Testemunhando os meus se matando por fama, por grana, piranhas, desprezando quem mais te ama
[Refrão - Sample]
Fill my heart with song
Let me sing, let me sing forever more
'cause you, you're all I long for
All I worship and adore [...]
[Verso 2 - Reinaldo]
Cercado de frustração, olhares sem definição, complementam a dor da paisagem, amontados em pequenos lares inativos compartilham raiva, sonhos perdidos, nasci em meio à isso... um acidente, como sempre, até quando vamos iniciar a vida de trás pra frente?
Sem planejamento, casamento desunido, alcoolismo, gravidez precoce, droga, conformismo
Comodismo epidêmico que exala feito praga e como um genocídio mata em massa
Afogados em lágrimas, como sonhar com paz, se a primeira guerra que conhecemos é entre os nossos pais?
Não fui criado com festas tradicionais
Nem sei quando que é dia das mães, dia dos pais
Faz tempo que parentesco sanguíneo não
É símbolo de união, é de inveja, de traição
Ganha a humanidade com o olho critico, não existe amor à deus só temor ao castigo, crenças por recompensas materiais
Onde amor é consequência do bolso portando reais
O que mais me mata nessa porra é a certeza
De que por mais cristos que crucifiquem não mudam cabeças
Espíritos competitivos em combates constantes, alimentando ego com poder insignificante
Ofuscando a riqueza que há, como do momento do seu pivete aprendendo a falar
Quantos corpos mais temos que velar em silêncio pra entende que o que temos mais de valor é o tempo?
[Saída - Sample]
Que temos mais de valor é o tempo!
Que temos mais de valor é o tempo!
Não espera a ausência das pessoas revelarem seus verdadeiros valores não
Prefira justiça antes do perdão
Para que não seja preciso perdoa e ser perdoado, tiozão