Confronto Mariah
Muitos por ela passaram, se foram, lembranças ficaram
Nasceram, cresceram, choraram, sonharam, viveram, mataram
Fizeram dela os seus caminhos, construíram nela os seus espaços
Mariah que muitos viu sofrer e sorrir a cada amanhecer
Mariah
Sentiu gelar o sangue mais quente com a queda do corpo mais forte
A doce lágrima da mãe, o áspero afago da morte
Mariah
Infértil solo, estéreis sementes, onde o ódio nasce do amor inocente
É tudo que se tem, quando lhe foi negado
Acolhendo os poderosos, abrigando os mais fracos
Era caco, pedras, mato, sem asfalto, casas, vilas, sobrados
Água negra, vala!
Terra da escoria, estrada para o nada, a mais pobre morada
Uma entre muitas que se mantém esquecidas
Entre esquinas, casas, avenidas
Flores, lixo e famílias
Ainda sofrida, rua Mariah!
Mariah