Cristina Branco Cantigas As Serranas
Donde vem Rodrigo
Donde vem Gonçalo
De sachar o milho
De mondar o prado
Seja diligente
Quem amor semeia
Que quem não granjeia
Não colhe a semente
Semeou Rodrigo
Semeou Gonçalo
Haverão do milho
Se mondam o prado
Quem de amor se esquece
No tempo de verde
Não colhe o que perde
Entre erva que cresce
Por isso Rodrigo
Por isso Gonçalo
Vão sachar o milho
Vão mondar o prado
Amor que aproveita
Se antes degradar
Cresce em seu lugar
Ciúme e suspeita
Triste de Rodrigo
Triste de Gonçalo
Mal por seu cuidado
Se não sacha o milho
Se não monda o prado
Amor que ficou
Em terra deserta
Colhe quem acerta
Não quem semeou
Semeou Rodrigo
Semeou Gonçalo
Para haverem o milho
Cumpre haver cuidado
Em terra mimosa
Ninguém faça escolha
Vai-se o grão na folha
De muito viçosa
Gonçalo e Rodrigo
Cumpre ser lembrado
De sachar o milho
De mondar o prado
Whence Rodrigo
Whence Gonçalo
Hoe of corn
Weeding of the meadow
Be diligent
Who sow love
That those lacking
Not the seed
Seeded Rodrigo
Sowed Gonçalo
There will be corn
If mulching the meadow
Who love to forget
At the time of green
Do not reap what you lose
Among grass that grows
So Rodrigo
So Gonçalo
Go Hoe corn
Will weed meadow
Love that leverages
If prior to degrade
Grows in its place
Jealousy and suspicion
Sad Rodrigo
Sad Gonçalo
Bad for their care
If not hoeing corn
If not mulching the meadow
Love that was
In the wilderness
Those who reap hits
Not who sowed
Seeded Rodrigo
Sowed Gonçalo
For the corn they had
It should be careful
On land mimosa
Nobody makes choice
Gone are the grain in the sheet
Of very fresh
Gonçalo and Rodrigo
It should be remembered
Hoe of corn
Weeding of the meadow