Igor Bidi V.D.L.
[Verso 1]
Elevando o nível do jogo, curando esse mundo
Flow não é pouco, pega o troco
Peita o bonde, Boston city, Botafogo
Ponta a ponta, segue a meta
Só bradoque, sem sufoque
Não fofoque, não delate
Nossa labuta é sagrada
Cada palavra é pesada, pesa mais que tonelada
Somos magos que retornam sempre que a Terra precisa
Honrando a camisa nessa jornada antiga
Pego meu grimorio, consulto minha trajetória
Faço história, pros guerreiros deixo uma dedicatória
Sublimando minha oratória, nunca fecho com otário
Não é conto do vigário, isso é colheita do trabalho
Porque jogador que é brabo, joga com todo baralho
Alho pro vampiro, elevando o cosmo nesse golpe que desfiro
Calmo num dia de fúria como Robert De Niro
Pega essa flipada na sequencia do suspiro
Sem fofoca, nota que é uma troca
Da rota, sem cota pro idiota
Que não foca, e só sufoca, modafoca
Tá na moda ser boboca, com lorota e a derrota
Na anedota da chacota que é devota do agiota
No embalo, não para, na pira, do ouro que inspira
Não bola, não treme, na trama, do trote que vira
Na próxima esquina, no ápice da rima
O cálice, a hélice, do voo que alícia
Asas que não tenho, crio no desenho
Nunca mano, desmereça o desempenho alheio
Respeite os sonhos de quem sonha acordado
Respeite os sons, pois sons são sagrados
Consagrados na escrita, dos escribas que abrem caminhos com seus pergaminhos
Celebram a vitória com taças de vinho, um brinde
Forjo minha armadura e ela é feita de Oricalco
Vou de Millenium Falcon
Meu semblante é o que remete ao lado navegante
Aos poderes adormecidos do meu lado atlante
Remanescente do mar em fúria
Atlantida e Lemuria
Triângulos das bermudas
Ângulos de retas obtusas
Na barca de Aqueronte que te leva até a Medusa
Flow é mais insano que o ronco da Hayabusa
Te dou-lhe o papo que eu não vivo de passado
Mas honro os antepassados a cada verso cantado
É lavrado e demonstrado o artefato burilado com cuidado
Como um dardo disparado que é crivado lá no alvo do que busco
Não pego o caminho oposto
E o semblante do meu espirito tu ve pelo meu rosto
Mano não importa o custo porque eu vou assumir o posto
Que me foi designado, até que seja consumado
[Ponte]
Ae, papo reto mesmo
Essa glamourização da nossa cultura não me enche os olhos não, parceiro
Tô buscando algo maior que isso
Papo de fundamento meesmo
Zulu Nation
Nossa herança atlante, mapa pras estrelas
Pedra filosofal, plenitude da alma, tá ligado?
Mais do que fama, sucesso
Mais do que realização de ego, mano, tá ligado?
[Verso 2]
Na real to buscando simplicidade real
Cumplicidade, ao meu ideal pra ser leal
Pra ser vital, não ser igual
Não limitar, não segregar
Ou segmentar, se argumentar
Tentar provar que num é em vão
Se é certo ou não, se acessa então
Sucesso o som, nessa sessão
Na sucessão, de timbres são:
Simples, não complique em vão
Compile, mais que a pele
Mais do que a máscara e mais que a verve
Mantendo a historia de Makaveli
On my caravelle
Sem escaravelho até que os cara fique velho
Morra, pra renascer, porra, já zerei
Num diferente agora, morri, reencarnei
Te avisei que somos magos
Sumimos como a fumaça dos tragos
Dados em cada baseado fumado em translados, Teletransportando entre os lados
Além do certo ou do errado
Há o equilíbrio, medidas na balança
Santa dança, alcança a bonança
Guerreiro não cansa
Se cansa, segue até cair, depois levanta
Tanta ideia torta
Implanta pensamentos tensos
Caso tu chore te empresto um lenço
O flow é intenso mas não é denso
Buscando um consenso
Cantando o que penso
Tanto que eu me venço
E te convenço a
Para pra ouvir, para pra ver
Para pra ser, para pra ir
Para pra não parar
Porque se parar, ratatatá
Ta pensando o que?
Se tu perde o sonho sobra nada pra você
Nada sobra
Num é fácil achar a cura num ninho de cobra
A gente só recebe tudo que é merecido
Olhe no meu olho e discorde do que eu te digo
Olhe ao teu redor, veja o mundo em conflitos
Quantos que morreram hoje a troco de nada?
A vida é tão rara, hoje é tão barata
Ser humano é traça, se corrói de graça
Piada sem graça, peço proteção
Pra que eu num caia antes da queda da babylon
Busco a fuga do casulo estilo papilon
Prisões mentais, prisões letais
Não se encontram no caminho do teus ancestrais
Pangeia
O melhor MC passou pela Galileia
Traga mais luz, antes que me tragam minha cruz
Traga mais luz, antes que só restem memórias do que compus